Papo Sério Com Madame Jollie: Compulsão Sexual

COMPULSÃO SEXUAL

Michael Douglas, Jack Nicholson, Tiger Woods e Bill Murray têm em 
comum  um vício difícil de controlar: a vontade inquietante de fazer sexo. 
A patologia, conhecida  como compulsão sexual, não é mensurada em quantas
 relações sexuais o indivíduo tem por semana, mas sim se a pessoa apresenta
 grande dificuldade em se concentrar em outra coisa que não seja a realização 
de  suas fantasias sexuais, afetando sua produtividade no trabalho, 
nas relações sociais, afetivas e em sua autoestima.

Ninfomania (em mulheres), Satiríase (em homens), Hipersexualidade, 
Apetite sexual excessivo ou ainda Desejo Sexual Hiperativo (DSH) 
é um transtorno sexual caracterizado por um nível elevado de desejo e 
atividade sexual a ponto de causar prejuízos na vida da pessoa. Trata-se
 de um tipo de vício com sintomas compulsivos, obsessivos e impulsivos, 
e seu tratamento é similar ao de outros tipos de dependências. 

A prevalência está em torno de 5%, sendo mais comum em homens, porém 
a dificuldade dos participantes em assumirem o problema por questões morais 
e sociais indicam que a frequência deve ser maior


Uma expressão sexual saudável é parte natural de uma vida bem
 estruturada. Mas se a pessoa se encontra obcecada com pensamentos
 sexuais, sentimentos ou comportamentos que afetam sua saúde, trabalho,
 relacionamentos ou outras partes de sua vida, a pessoa pode estar tendo
 um comportamento sexual compulsivo.

O Comportamento Sexual Compulsivo (Compulsão Sexual) 
- às vezes também chamada de hipersexualidade, ninfomania ou 
vício sexual - pode implicar uma série de experiências sexuais agradáveis,
 mas que podem vir a se tornar uma obsessão, geralmente com importantes
 e negativas consequências para a saúde física e mental, 
vida social, trabalho e família.

Não importa como ele é chamado ou a natureza exata deste comportamento 
compulsivo sexual, o fato é que quando não tratado adequadamente pode trazer
 importantes prejuízos à auto-estima, relacionamentos, carreira, 
o que também inclui pessoas à volta.

Mas com o tratamento adequadamente indicado e bem conduzido, 
pode-se controlar o comportamento sexual compulsivo e manter impulsos 
e desejos escravizantes sob controle.

Vícios sexuais, compulsão sexual e dependência sexual são transtornos
 psiquiátricos já muito bem conhecidos e estudados. E podem acometer
 tanto homossexuais, bissexuais como também pessoas heterossexuais.


Diagnóstico
A análise para se identificar a compulsão sexual nem sempre é fácil, para 
os especialistas entenderem o problema como transtorno, esse comportamento
 tem que causar sofrimento e prejuízo ao indivíduo. E mais, tem que estar em 
excesso  nos últimos 12 meses e apresentar dentro de um período de um mês,
 três ou mais aspectos que são eles:

1 - Tolerância diante de práticas sexuais casa vez mais intensas e frequentes
 para se obter a mesma satisfação que havia no início do quadro. Mesmo que
 o corpo dela não aguente.
2 – Abstinência. Caracterizada pela presença de sintomas físicos ou psíquicos,
 tal qual como as doenças de dependência de álcool e drogas, que causam aumento
 de batimento cardíaco, tremor a assim por diante.
3 – Duração longa e intensidade crescente do comportamento.
4 - Fracasso em controlar a compulsão.
5 – Ritual de busca. Gastar muito tempo com atividades para se obter o sexo. A pessoa 
passa longos períodos envolvida nesse “como que é eu vou conseguir o sexo?”.
6 - Prejuízo nas atividades sociais, ocupacionais e recreativas. O paciente fica cada vez
 menos no trabalho, muito menos com os amigos, muito menos com a família, porque 
está engajado em conseguir prazer.
 7 – Dar continuidade no comportamento mesmo depois de consequências diversas, 
ou seja, mesmo tendo contraído uma doença sexualmente transmissível, por exemplo.


Michael Douglas foi um dos primeiros a revelar o vício em sexo na década 
de 90. O ator se tratou em uma clínica e hoje é casado com a
 atriz Catherine Zeta-Jones.


O Que Causa?
O Desejo Sexual Hiperativo é uma síndrome que pode se originar de 
diferentes causas. Por vezes, é visto como um problema de adição e 
dependência ao sexo, similar às drogadições de cocaína, álcool 
ou heroína. Pode ser encarado como um problema de comportamento 
mal adaptado, onde o ato repetitivo de busca de prazer sexual foi aprendido
 ao longo da vida como tranqüilizante, diminuindo sentimentos de ansiedade,
 medo e solidão. Também podemos compreender esse distúrbio como 
uma doença, com alterações anormais no balanço de substâncias 
neurais (neurotransmissores). Nas teorias psicanalíticas, a hipersexualidade
 pode ser entendida como uma fixação nos níveis pré-edípicos do desenvolvimento 
sexual, na fase anal, mais especificamente, onde as ansiedades são deslocadas 
para comportamentos compulsivos. O conjunto de sintomas apresentados pelo 
DSH pode, na verdade, representar transtornos diferentes, cada qual devendo 
ser tratado de forma distinta, conforme sua possível causa.

Ex-astro da série Arquivo-X David Duchovny já foi internado
 em clínicas de reabilitação para compulsivo sexual para manter o 
casamento com a mulher Tea Loni

E Tem Tratamento?
Normalmente é o psiquiatra ou o terapeuta sexual que é procurado ou indicado
 para esse tipo de transtorno. As linhas de tratamento podem ser empregadas
isoladas, mas tem se recorrido muito a tipos de tratamentos combinados, 
como o uso de medicação concomitantemente à psicoterapia cognitivo 
comportamental ou focal. Os grupos de apoio tem demonstrado grande utilidade 
como terapia adjuvante.

Algumas drogas podem ser utilizadas nos casos em que a compulsão ao sexo
 é predominante, como os Inibidores da Recaptação da Serotonina. Para 
aquelas pessoas que apresentam sintomas de voyeurismo ou exibicionismo, 
a psicoterapia de orientação analítica é a mais indicada, exigindo maior tempo
 de tratamento.

Em casos mais graves, onde a compulsão coloca outras pessoas também 
em risco (como abuso sexual ou estupro), pode-se fazer uso de algumas medicações 
a base de hormônios (progesterona) que inibam o desejo sexual. Em alguns 
casos, a internação do paciente se faz necessária para contenção de riscos.


Terapia cognitivo-comportamental ensina o paciente a controlar seus
 impulsos e a manter relacionamentos sexualmente saudáveis e satisfatórios 
não necessariamente diminuindo a frequência sexual (por exemplo pode focalizar
 em ensinar a pessoa a restringir seu número de parceiros sexuais, melhorar
 a qualidade do ato e sempre usar preservativos). Pode também ser voltada
 para o desenvolvimento de habilidades para lidar melhor com a ansiedade, 
desconforto e carência afetiva ou de assertividade (saber dizer "não" gentilmente)

Antidepressivos que regulam a serotonina (ISRS) podem ajudar a diminuir 
a libido, a ansiedade, os pensamentos obsessivos e aumentar o auto-controle e 
bom humor. Psicoterapia de casal e psicoterapia de grupo especialmente voltada
 para adicção sexual também tem demonstrado bons resultados


Top 10 Sintomas para você descobrir se é viciado em sexo.

1- Masturbação compulsiva (auto-estimulação).

2- Comportamento sexual promíscuo com inúmeros parceiros, por vezes anônimos e casuais, cujos relacionamentos nem chegam a durar uma noite inteira.

É por aí que escorrem os casamentos e estabaca o rendimento no trabalho, o que acaba rendendo separações e demissões.

3- Consumo compulsivo de pornografia.

Horas e horas na frente do computador navegando em sites XXX são o suficiente para detonar a produtividade de qualquer um, viciado em sexo ou supostamente não. Este sintoma por si mesmo já é um sinal amarelo de alerta!

4- Prática de sexo inseguro.

AIDS, sífilis, herpes, papiloma vírus, hepatite e outras cobras e lagartos rondam permanentemente os viciados em sexo, por serem contumazes na prática de atos sem preservativos e precauções.

5- Uso abusivo de sexo virtual através de internet, telefone, Chat e serviços de encontros (Dating).

 

Quase todos os viciados acabam falindo e a razão é muito simples: os Chats e 
Datings custam dinheiro, muita grana que é queimada sem nenhum controle... 
no final do mês vem a conta.

6- Prostituição e procura compulsiva por mulheres/homens de programa.

7- Exibicionismo.


É um sintoma que leva a apuros com a lei, já que os(as) exibicionistas são 
denunciados  às autoridades. Enquanto isto, as exibicionistas teens da internet 
atraem milhares de visitas aos blogs de viciadinhos que apresentam o sintoma nº 8.

8- Voyerismo.


Voyerismo é a prática de espiar sub-repticiamente a nudez e atos sexuais alheios. Este sintoma pode trazer grandes dores de cabeça quando o voyeur é descoberto.

9- Assédio sexual.


Grande responsável pela perda do emprego. A prática de assédio costuma corroer as relações inter-pessoais nos ambientes corporativos.

10- Atentado violento ao pudor e estupro.


É um dos sintomas mais graves, que leva certamente à prisão e a processos
 criminais intermináveis. Digamos que este é o fim do poço, se é que isto 
seja pior do que pegar AIDS, ou levar tiros de Ricardões.

DICA DE FILME: DIÁRIO PROIBIDO



Assista:

Segundo o Código Internacional de Doenças, a ninfomania é um transtorno
 psiquiátrico sem razões biológicas que expliquem a sua origem. Geralmente a 
mulher possui esses desejos desde a infância (por doces ou brinquedos), e 
apesar da prática intensa de sexo, ela não transa por prazer, mas sim 
por vício. Esse é o caso da bela francesa Valérie Tasso, formada em gestão 
de empresas e que em 2003 escreveu o seu relato no bestseller Diário de
 uma ninfomaníaca e que foi adaptado para os cinemas no filme Diário proibido 

O longa apresenta os relatos das experiências da atraente e liberal 
Val (Belén Fabra), que dorme com quem e quando quer. Ela sabe que desde 
os 15 anos o sexo não lhe dá o mínimo de prazer, é apenas uma maneira de 
saciar a sua compulsão. Nessa sua eterna procura para satisfazer seu infinito
 apetite sexual, começa a se sentir diferente das demais mulheres, e em certo ponto
 culpada por não almejar com o estilo de vida “marido-e-família”. Em profundas
 conversas com sua confidente e adorada avó (Geraldine Chaplin), recebe o conselho
 de amar e aceitar a si própria como é, sempre com uma forte autoconfiança.

Durante essas crises de consciência, almeja um novo emprego, o que a faz 
conhecer Jaime (Leonardo Sbaraglia), um rapaz bem sucedido e aparentemente 
um cavalheiro. O que poderia ser uma experiência romântica ideal acaba se
 transformando num grande tormento. Jaime tem repentinas mudanças de humor 
e se mostra um psicopata possessivo e violento. Depois de se divorciar, Val 
começa a se prostituir em um bordel de luxo, no qual volta a usar o seu corpo 
]como uma ferramenta de dominação, e mesmo fazendo o que mais gosta, continua infeliz.

Olhando simplesmente para o título (e também o cartaz), pode parecer 
um pornô disfarçado, mas não é. Infelizmente, ainda vivemos numa sociedade
 machista, preconceituosa e cheia de tabus, o que faz Val sentir toda essa 
desigualdade, na qual um homem que transa com todas as mulheres é um 
orgulhoso “garanhão”, ao tempo em que se uma mulher tem relações com 
diversos homens é tida como uma “vagabunda”, como se fosse obrigada a ser 
uma eterna submissa. Apesar de ter exagerado um pouco na dramaticidade, 
o diretor espanhol Christian Molina acertou em não vulgarizar, e soube conduzir 
essa sincera história num drama erótico sobre os conflitos femininos, sua sexualidade 
e a luta para renovar os seus sentimentos.


FONTES:





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