O que é Esquizofrenia?
A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que dificulta:
✳ Fazer a distinção entre as experiências reais e imaginárias
✳ Pensar de forma lógica
✳ Ter respostas emocionais normais
✳ Comportar-se normalmente em situações sociais
Causas
A esquizofrenia é uma doença complexa. Especialistas em saúde mental
não sabem ao certo sua causa. No entanto, alguns fatores genéticos
parecem estar envolvidos.
✳ Alguns eventos ambientais podem desencadear a esquizofrenia nas
pessoas que geneticamente já apresentam risco.
✳ Você está mais propenso a desenvolver a esquizofrenia se algum familiar
seu tem a doença.
A esquizofrenia afeta tanto homens quanto mulheres. Ela geralmente começa
na adolescência ou na fase adulta jovem, mas pode começar em idade mais
avançada. Nas mulheres, a esquizofrenia tende a começar mais tarde e
ser mais branda.
A esquizofrenia com início na infância aparece depois dos 5 anos. A
esquizofrenia infantil é rara e pode ser difícil diferenciá-la de outros
transtornos de desenvolvimento da infância, como o autismo.
Exames
Não há testes médicos para diagnosticar a esquizofrenia. Um psiquiatra deve
examinar o paciente para determinar o diagnóstico. O diagnóstico é feito com
base em uma entrevista minuciosa com a pessoa e seus familiares. O médico
fará perguntas sobre:
✳ A duração dos sintomas
✳ Como a capacidade funcional da pessoa mudou
✳ Histórico de desenvolvimento
✳ Histórico familiar e genético
✳ Se a medicação funcionou
Exames cerebrais (como tomografias ou ressonâncias magnéticas) e
exames de sangue podem ajudar a descartar outras doenças com sintomas
semelhantes à esquizofrenia.
Sintomas de Esquizofrenia
Geralmente, os sintomas da esquizofrenia se desenvolvem lentamente
durante meses ou anos. Às vezes, podem ocorrer vários sintomas, e
outras vezes, podem ocorrer somente alguns.
As pessoas com qualquer tipo de esquizofrenia podem ter dificuldade de
manter suas amizades e de trabalhar. Elas também podem apresentar problemas
relacionados a ansiedade, depressão e pensamentos ou
comportamentos suicidas.
Inicialmente, você pode apresentar os seguintes sintomas:
✳ Sensação de tensão ou irritabilidade
✳ Dificuldade para dormir
✳ Dificuldade de concentração
Com o desenvolvimento da doença, problemas com pensamentos,
emoções e comportamento se desenvolvem, incluindo:
✳ Nenhuma emoção (apatia)
✳ Crenças ou pensamentos falsos que não têm base na
realidade (ilusões)
✳ Ver ou ouvir coisas que não existem (alucinações)
✳ Dificuldade de prestar atenção
✳ Pensamentos que "pulam" entre assuntos que não estão
relacionados (pensamento desordenado)
✳ Comportamentos bizarros
✳ Isolamento social
Os sintomas podem variar dependendo do tipo de esquizofrenia.
Os sintomas de esquizofrenia paranoide podem incluir:
✳ Ansiedade
✳ Fúria ou propensão a brigas
✳ Falsa crença de que pessoas estão tentando fazer mal
a eles ou a seus entes queridos.
Os sintomas de esquizofrenia desorganizada podem incluir:
✳ Dificuldade para raciocinar e expressar suas ideias claramente
✳ Comportamento infantil
✳ Demonstração de pouca emoção
Os sintomas de esquizofrenia catatônica podem incluir:
✳ Falta de atividade
✳ Postura e músculos podem estar rígidos
✳ Caretas ou outras expressões faciais estranhas
✳ Não responder muito a outras pessoas
Os sintomas de esquizofrenia não diferenciada podem incluir sintomas
de mais de um tipo de esquizofrenia.
As pessoas com esquizofrenia residual apresentam alguns sintomas, mas
não tanto quanto as pessoas que estão em um episódio completo de esquizofrenia.
Buscando ajuda médica
Ligue para seu médico se:
✳ Vozes estiverem pedindo para você se ferir ou ferir outras pessoas.
✳ Você sentir uma forte vontade de se ferir ou ferir outras pessoas.
✳ Você estiver se sentindo desesperado ou desolado.
✳ Você estiver vendo coisas que não existem.
✳ Você apresentar a sensação de não poder sair de casa.
✳ Você não for capaz de cuidar de si mesmo.
Tratamento de Esquizofrenia
Durante um episódio de esquizofrenia, pode ser necessário hospitalizar
o paciente por motivo de segurança.
Medicamentos
Os medicamentos antipsicóticos são o tratamento mais eficaz para a
esquizofrenia. Eles alteram o equilíbrio das substâncias químicas do cérebro
e podem ajudar a controlar os sintomas.
Esses medicamentos geralmente são de grande ajuda, mas podem causar
efeitos colaterais. Muitos desses efeitos podem ser melhorados e não devem
evitar que as pessoas busquem tratamento para essa grave doença.
Efeitos colaterais comuns dos antipsicóticos:
✳ Sonolência (sedação)
✳ Tontura
✳ Ganho de peso
✳ Aumento do risco de diabetes e colesterol alto
✳ Sentimentos de inquietação ou nervosismo intenso
✳ Movimentos diminuídos
✳ Tremores
O uso dos medicamentos psicóticos a longo prazo pode aumentar os
riscos de um distúrbio de movimento chamado discinesia tardia. Essa doença
causa movimentos repetidos que as pessoas não conseguem controlar,
principalmente na região da boca. Entre em contato com seu médico
imediatamente se você considera que possa ter essa doença.
Quando a esquizofrenia não apresenta melhora com diversos antipsicóticos,
o medicamento clozapina pode ser de grande ajuda. A clozapina é o medicamento
mais eficaz na redução dos sintomas da esquizofrenia, mas também tende a
causar mais efeitos colaterais do que outros antipsicóticos.
A esquizofrenia é uma doença para a vida toda. A maioria das pessoas com
essa doença precisa receber medicamentos antipsicóticos para o resto da vida.
Programas e terapias de apoio
A terapia de apoio pode ser útil para muitas pessoas com
esquizofrenia. Técnicas comportamentais, como o treinamento de habilidades
sociais, podem ser usadas para melhorar as atividades sociais e
profissionais. Aulas de treinamento profissional e construção de
relacionamentos são importantes.
Os familiares de uma pessoa com esquizofrenia devem ser informados sobre
a doença e receber apoio. Os programas que destacam os serviços de
apoio social para pessoas necessitadas podem ajudar aqueles que não
recebem apoio da família ou de conhecidos.
Os familiares e cuidadores são frequentemente incentivados a ajudar
as pessoas com esquizofrenia a continuar seguindo o tratamento.
É importante que a pessoa com esquizofrenia aprenda a:
✳ Tomar os medicamentos corretamente e lidar com os
efeitos colaterais
✳ Reconhecer os sinais iniciais de uma recaída e saber como reagir
se os sintomas retornarem
✳ Lidar com os sintomas que se manifestam mesmo com o uso de
medicamentos. Um terapeuta pode ajudar a
✳ Administrar dinheiro
✳ Usar o transporte público
Expectativas
Os resultados para uma pessoa com esquizofrenia são muito difíceis de
prever. Na maior parte do tempo, os sintomas melhoram com medicamento.
Entretanto, outras pessoas podem apresentar dificuldade funcional e
correm o risco de apresentar episódios repetidos, principalmente durante
os estágios iniciais da doença.
As pessoas com esquizofrenia podem precisar de moradia assistida,
treinamento profissional e outros programas de apoio social. Pessoas com
as formas mais graves da doença podem ser incapazes de viver
sozinhas. Podem ser necessárias casas coletivas ou outras moradias
de longo prazo com a estrutura adequada.
Os sintomas retornarão se a pessoa com esquizofrenia não
tomar sua medicação.
Complicações possíveis
A esquizofrenia aumenta o risco de:
✳ Desenvolver um problema com álcool ou drogas: Isso é chamado de um
problema de abuso de substâncias. O consumo de álcool ou outras drogas
aumenta os riscos de os sintomas retornarem.
✳ Doença física: Pessoas com esquizofrenia podem desenvolver doenças
físicas, por causa do estilo de vida de baixa atividade e dos efeitos colaterais
dos medicamentos. Uma doença física pode não ser detectada pelo pouco
acesso a cuidados médicos e pela dificuldade em conversar com os
profissionais de saúde.
✳ Suicídio
Prevenção
Não existe uma forma conhecida de prevenir a esquizofrenia.
Os sintomas podem ser prevenidos tomando a medicação. Você deve
tomar a medicação exatamente como seu médico recomendou. Os sintomas
retornarão caso pare de tomar a medicação.
Sempre converse com seu médico se estiver pensando em mudar ou
interromper o uso dos medicamentos. Visite seu médico ou
terapeuta regulamente.
A Família do esquizofrênico
O paciente esquizofrênico sofre intensamente com sua condição e
sua família também, não há como isto ser evitado. Infelizmente os programas
político-sociais de reinserção dos doentes mentais na sociedade
simplesmente ignoram o sofrimento e as necessidades da família,
que são enormes.
Esta é vista como desestruturada, fria, indiferente ou mesmo hostil ao
paciente. Da mesma forma que o paciente esquizofrênico sofre duas
vezes, pela doença e pelo preconceito, a família também sofre duas vezes,
com a doença do filho e com a discriminação e incompreensão sociais. Num
país pobre como o Brasil, a assistência à família do esquizofrênico tem
que ser um programa governamental indispensável, para que se possa
preservar o desempenho social (estudo, trabalho, profissão) dos
parentes dos pacientes esquizofrênicos.
O nível de recuperação que se tem com o tratamento da esquizofrenia
é muito baixo; os irmãos saudáveis desses pacientes devem ser amparados
para não terem suas vidas impedidas de se desenvolver por causa
da esquizofrenia de um irmão.
A título de reumanização do tratamento dos esquizofrênicos, pretende-se
fechar os hospitais psiquiátricos alocando-os para outros serviços que
não incluem atendimento às necessidades dos parentes dos
esquizofrênicos. Como está, esse projeto não apenas piorará a
situação do paciente, como também de sua família.
Os problemas que geralmente ocorrem na família dos
esquizofrênicos são os seguintes:
✳ Pesar... "Sentimos como se tivéssemos perdido nosso filho"
✳ Ansiedade... "Temos medo de deixá-lo só ou de ferir seus sentimentos"
✳ Medo... "Ele poderá fazer mal a si mesmo ou a outras pessoas?"
✳ Vergonha e culpa... "Somos culpados disso? O que os outros pensarão?"
✳ Sentimento de isolamento... "Ninguém nos compreende"
✳ Amargura... "Por que isso aconteceu conosco?"
✳ Depressão... "Não consigo falar nisso sem chorar?"
✳ Negação da doença... "Isso não pode acontecer na nossa família"
✳ Negação da gravidade... "Isso daqui a pouco passa"
✳ Culpa recíproca... "Não fosse por aquele seu parente esquisito..."
✳ Incapacidade de pensar ou falar de outra coisa que não seja a
doença... "Toda nossa vida gira em torno do nosso filho doente"
✳ Problemas conjugais... "Minha relação com meu marido tornou-se fria,
sinto-me morta por dentro"
✳ Separação... "Não agüento mais minha mulher"
✳ Preocupação em mudar-se... "Talvez se nos mudarmos para outro lugar
as coisas melhorem"
✳ Cansaço... "Envelheci duas vezes nos últimos anos"
✳ Esgotamento... "Sinto-me exausto, incapaz de fazer mais nada"
✳ Preocupação com o futuro... "O que acontecerá quando não estivermos
presentes, o que será dele?"
✳ Uso excessivo de tranqüilizantes ou álcool... "Hoje faço coisas que nunca
tinha feito antes"
✳ Isolamento social... "As pessoas até nos procuram, mas não temos como fazer
os programas que nos propõem"
✳ Constante busca de explicações... "Será que isso aconteceu por algo que
fizemos para ele?"
✳ Individualização... "Não temos mais vida familiar"
✳ Ambivalência... "Nós o amamos, mas para ficar assim preferíamos que se fosse..."
Sinais de boa recuperação
Tem sido observado que certos pacientes se recuperam mais freqüentemente
do que outros. Nesse grupo foi identificado um grupo de características que
pode servir como parâmetro, referência para boa recuperação. Esses
sintomas não servem como garantia, mas aumentam as chances
dessas pessoas de se recuperarem. Os sinais são os seguintes:
✳ Capacidade de sentir e expressar emoções (alegria, excitação,
tristeza, desespero, etc.)
✳ Não apresentar sentimentos de grandiosidade.
✳ Apresentar alucinações (mais freqüentemente auditivas)
✳ Aparência de perplexidade no episódio agudo
✳ Não se isolar; não apresentar distúrbios do pensamento
✳ Idéias de perseguição e conduta de desconfiança também são
sinais de bom prognóstico
Não há unanimidade quanto a esses sintomas, sempre haverá quem
conteste a afirmação de que indicam bom prognóstico. Sintomas
catatônicos (imobilidade ou excitação excessiva) e confusão mental apesar
de aparentarem maior gravidade podem se resolver mais rapidamente
deixando a pessoa sem problemas.
Um sinal importante de boa recuperação é a idade de início, quanto mais tarde
mais chances de recuperação. A idade comum de início da esquizofrenia é o
fim da adolescência e início da idade adulta podendo começar até
aproximadamente 45 anos. Casos raros se dão após essa idade ou na infância.
As pessoas que sofreram traumatismos cranianos no nascimento ou ao
longo da vida, assim como aquelas que sofreram infecções encefálicas.
Conselho aos pais
✳ Aprendam a reconhecer os sintomas iniciais, que possam indicar uma
possível recaída antes do quadro completo se instalar.
✳ Procurar atendimento médico logo, sem adiamentos.
✳ Procurar aprender sobre a doença para melhor entender o filho
em suas necessidades.
✳ Estabelecer expectativas realistas para a condição individual
do filho doente.
✳ Observar e aprender para melhor poder relatar os sintomas.
✳ Saber respeitar seus próprios limites: você não poderá ajudar
adequadamente enquanto estiver precisando de ajuda.
✳ Tentar o máximo possível estabelecer uma relação amistosa, com
um objetivo e finalidade estabelecidos.
✳ Estimular parentes e amigos de seu filho a estabelecerem uma
relação saudável.
✳ Comunicar-se de forma clara e objetiva, sem usar meias-palavras
ou deixar mensagens subentendidas.
✳ Principalmente: ter um ambiente emocionalmente estável em casa.
Expressões hostis mesmo que não direcionadas para a pessoa doente
afetam e prejudicam o esquizofrênico. Não exercer cobranças
sobre ele. Expressar as emoções tanto positivas (alegria) quanto as
negativas (raiva) sempre com moderação.
DICA DE FILME: Uma Mente Brilhante
SINOPSE: O filme “Uma Mente Brilhante” conta a história verídica de
John Nash (Russell Crowe). O matemático ganhador doprêmio Nobel é
desafiado pela vida ao descobrir-seesquizofrênico e com a ajuda da mulher,
Alicia (JenniferConnely), consegue dar a volta por cima e ignorar suas ilusões.
John Nash é uma pessoa conduzida por padrões que tem dificuldade
nas relações interpessoais. Ele é o estranho do grupo, introspectivo,
frio, fracassado nas tentativas de conquistar uma mulher e acredita que
sua inteligênciapode levá-lo a “idéia original” que falta aos matemáticos da época.
Na faculdade de Princeton, Nash conhece o colega Charles (Paul Bettany)
que na realidade é o primeiro fruto de sua doença. Charles nasce da necessidade
de John de se sociabilizar, ele é a expressão das características que John
não consegue desenvolver nele mesmo. O ser ilusório representa o lado
humanista ausente no personagem principal.
O agente Parcher recruta John para a missão de decodificar mensagens
secretas. Ele é outra ilusão de Nash e origina-se do sentimento de
exclusão de John após ter desvendado um código para o governo e,
no entanto, não ser incluído na missão.Parcher constitui quase uma
figura paterna para John, ele o incentiva e valoriza seu trabalho como
matemático, porém com o tempo mostra-se perigoso e opressivo. Ele
é a mais forte ilusão, desvirtua a realidade criando um mundo de
conspiração que acentua a loucura de John.
Marcee é a doce ilusão, sinônimo de afeto e ternura para o
protagonista. Semprerecepciona Nash com braços abertos a espera
de um abraço. Junto com o tio Charles, ela representa o apoio
necessário para John nas horas de estresse, confusão e solidão.
Por fim, a esposa Alicia é o que mantém John longe da ilusão. Ela é
o exemplo de que para o esquizofrênico é importante a presença de
um ser concreto que sempre o arraste do mundo ilusório no qual se
inseriu e o traga de volta ao mundo real.
A aceitação da esquizofrenia é o primeiro passo para uma vida normal. As
ilusões nunca deixarão de existir, mas a consciência de que elas são
apenas ilusões abre a possibilidade de escolher ignorá-las. O segundo
passo seria a construção de relações que forneçam estabilidade ao
esquizofrênico, mantendo suporte para que ele consiga atravessar
a ponte para a realidade sempre que necessitar.
Um elemento que diferencia o filme é o jogo feito com a percepção do
público. Vemos o mundo como John vê o mundo, então seu
comportamento parece normal. Muitos vêem normalidade em tudo
que se passa inicialmente e alguns até vacilam na decisão se John
é ou não esquizofrênico ou tudo seria conspiração russa. O fato é
que as provas de que algo estava errado foram apresentadas,
sutilmente, desde o principio e muitos não notaram. Por exemplo: as
vozes das ilusões sempre vinham antes de suas aparições; na cena
em que Marcee corre entre os pombos eles continuam a se mover
como se não houvesse ninguém ali; as expressões faciais de estranheza
das pessoas ao redor de Nash quando ele falava com uma das ilusões.
Este filme mostra algumas características desse quadro psiquiátrico:
- A esquizofrenia não compromete necessariamente a inteligência. Aliás,
muitos esquizofrênicos são muitíssimo inteligentes. Percebe-se a inteligência
inclusive na produção das alucinações. Há uma lógica na explicação que elas
dão para suas alucinações e isso vem lhes servir de confirmação
para o que percebem.
- O tratamento da esquizofrenia envolve uma abordagem médica (psiquiátrica),
com uso de medicamentos específicos para reduzir ou eliminar as alucinações.
Também faz-se necessário um acompanhamento psicológico, pois o paciente vive
uma angústia, uma ansiedade enorme e precisa desenvolver formas de lidar
com esta realidade.
- À medida que o paciente compreende seu quadro, adere a um tratamento
medicamentoso adequado, entende a forma como as alucinações
aparecem e consegue questionar a validade e a realidade delas, ele pode levar uma vida relativamente normal.
- A participação da família é fundamental. Porém, é preciso respeitar o
sofrimento dos parentes dos pacientes psiquiátricos. Eles vivem a
ambigüidade entre a raiva, a dor e o desejo de abandonar contra o
sentimento de culpa ou de amor mesmo que as responsabiliza de
alguma forma pelo cuidado deste familiar. No filme, a esposa do
personagem vive essa ambigüidade. Mas escolheu ficar ao lado
do marido. E isso fez toda a diferença quanto à adesão, à evolução
e motivação do paciente com relação ao seu tratamento. No final
do filme, quando o personagem é homenageado com um prêmio,
em seu discurso ele agradece publicamente à sua esposa por
ficado ao lado dele e tê-lo ajudado a chegar aonde chegou.
- A esquizofrenia não incapacita todos os pacientes. Alguns conseguem
manter suas vidas, trabalhando, estudando, realizando as tarefas do dia-a-dia.
A percepção é um problema não só para os esquizofrênicos, mas
para os ditos "normais" também.
FONTES:
Belíssima coluna
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